terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Who run the world?

Primeiro, leiam esse TEXTO.

O autor diz aquilo que eu acho que todo homem deveria saber: mulher gosta de sexo, e isso não quer dizer absolutamente nada sobre a moral delas.

***

Transar quando se tem vontade (na primeira noite, com o semidesconhecido, ou depois do 15° encontro, whatever) não quer dizer transar com qualquer um. E não, não estou querendo dar tapa com luvas de pelica, fazer uma média, pagar de "sou liberal, mas nem tanto". Fazendo isso, vou jogar no lixo todo o resto que defendo: a gente tem que dar quando tem vontade sim, e ninguém tem nada a ver com isso. Ponto.

O problema é que a gente sempre tem uma amiga que diz que "poxa, você vai ficar mal falada". A gente tem uma mãe que fala que menina tem que se comportar, um pai que diz que com esse tamanho de saia homem nenhum vai te valorizar, e, daí, dá um puta dum medo de ser a gente mesmo e ora, se minhas pernas são lindas, porque não usar essa saia? Se ele é legal, gentil, educado, e nossa, que tesão, por que não posso transar com ele? Por que mesmo? Porque tem aquela coisinha que pesa mais que consciência suja, a tal da "pressão social". Ô se pesa.

O texto lá de cima fala disso. Existem os valores fixados no passado que ainda atormentam o presente.

Mas daí a gente pensa bem. Por que, então, a gente que tem consciência daquilo que é (inteligente, honesta, amiga, batalhadora, fiel, leal) não passa por cima dessa tal da pressão social pra ser completamente feliz? Para ter os desejos realizados, e pra ser a gente mesmo: ser complexo, com inúmeras vontades, qualidade e defeitos que não se excluem?

Porque, de repente, vai aparecer um cara legal, com potencial para bom marido e bom pai, que quer uma mulher, como dizem, "pra casar", ele pode não querer nada sério comigo, e etc etc etc, e de repente aparece uma dessas meninas que se seguram como podem, que não dão de jeito nenhum, e ele vai preferir ficar com ela, porque homem não gosta de mulher "fácil".

Ou seja, o discurso machista ainda existe porque tem mulher que corrobora. Cada vez que a gente se faz de difícil só para parecer santa e cumprir um protocolo socialmente estabelecido e machistamente aplicado, e cada vez que a gente chama uma menina de vaca porque ela transou com alguém, a gente sabota um pouquinho da nossa liberdade.

Agora vamos pensar: que tipo de homem não gosta de mulher "fácil"? Um homem que acha que essa mulher, por ser "fácil", por fazer o que gosta, por ser bem-resolvida, vai traí-lo mais cedo ou mais tarde. Um homem inseguro? Pois é.

É, amiga, se ele não se garante, vai por mim: ele não é bom pra você. Não é porque eu transo quando tenho vontade que não sirvo pra ele. É porque ele pensa dessa forma que ele não serve pra mim.

Sabe aquele lance do "antes só do que mal acompanhada"? Então, a gente tem que perceber que a gente tá pronta pra encarar essa: ser feliz sozinha. Porque daí, quando isso acontecer, a gente vai poder falar não para os babacas que ainda querem dar pitaco no nosso comportamento, e ser feliz do lado de quem nos respeita: como ser complexo cheio de defeitos e qualidades que não se anulam por causa de uma minissaia ou de tesão bem resolvido.


Beyoncé já falou: we run this motha.



Pois é, gatas. Existe mulher que ainda não sabe o poder que tem.

4 comentários:

Anônimo disse...

concordo.

Anônimo disse...

ô se pesa...! mto bem dito, é o tal diabo q é os outros...

VetAgro disse...

"Cada vez que a gente se faz de difícil só para parecer santa e cumprir um protocolo socialmente estabelecido e machistamente aplicado, e cada vez que a gente chama uma menina de vaca porque ela transou com alguém, a gente sabota um pouquinho da nossa liberdade."
#fato

VetAgro disse...

"Cada vez que a gente se faz de difícil só para parecer santa e cumprir um protocolo socialmente estabelecido e machistamente aplicado, e cada vez que a gente chama uma menina de vaca porque ela transou com alguém, a gente sabota um pouquinho da nossa liberdade." #FATO