segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"Ai se fosse o meu": discussões sobre o sexo anal


Hoje vamos falar de um assunto polêmico: o seu, o meu e o nosso amado ânus, tão vangloriado em ofensas e pouco respeitado no dia-a-dia, o vulgo cuzinho, pisca (hehe) constantemente entre a tara masculina mais recorrente. Ou, aparentemente recorrente. Junto com sexo à três com duas mulheres, o sexo anal figura como uma das taras mais citadas pelo universo masculino quando se trata de sexo heterossexual (hoje, os homossexuais ficarão de lado, já que eles têm muita vantagem nesse caso, e vamos tratar de minorias).

Partindo do pressuposto que o sexo anal era unanimidade entre homens, fui à caça de depoimentos e qual não é a minha surpresa quando 3 dos 7 amigos entrevistados não gostam, enquanto mais 2 são indiferentes, 1 gosta e outro venera. Ok, a amostra não é muito grande, mas eu também não tenho cara de censo 2011 e me resumi a fazer um levantamento sucinto. Pensei em trazer os depoimentos na íntegra, mas achei que não ia ficar coeso, então vou livremente parafrasear as opiniões dadas. 

Ainda que com esforço, exceto pela questão dimensional ("cu é apertadim"), não há qualquer outro motivo explícito e explicável para essa tara. (Aguardo considerações nos comentários). Curioso é que o cu figura como uma espécie de prêmio entre as mulheres e mito entre os homens ("Só vou dar quando tiver casada e em crise, pra salvar o casamento"); ("só darei prum cara especial"); ("ainda não tentei comer, porque não temos nada sério"). Apesar dessa áurea de prêmio que o sexo anal tem, muitos dos depoimentos femininos colhidos dizem que não tem problemas nenhum com o sexo anal e que, inclusive, sentem muito prazer, mas que é preciso, de fato, superar a dor, muito além do impasse moralista.

Mas quem não se lembra da aula de sexo anal fornecida pelo SBT há uns bons anos? Quem não lembra, eu refresco a memória: AI, QUE SUSTO.

Essa aula, além de toda a performance engraçadíssima, carrega um conceito fundamental quando falamos de sexo anal. Meninos, muito amor nessa hora, porque dói. E isso é unanimidade, então, escutemos a dica da nossa amada sexóloga, e sempre pensando "Ai se fosse o meu".

Um dos melhores depoimentos colhidos falou da questão PLUFT. Explico: o escorregão forjadamente (ou não) espontâneo que resulta em uma primeira experiência. Pasmem: não é conversa, o pluft acontece mais recorrentemente do que imaginamos. Mas, para o pluft ocorrer, precisamos estar mais relaxados do que nunca, e aí vai a dica duma amiga que, ó, arrasa nesse quesito:

a amiga diz que o grande segredo é deixar a mulher bastante relaxada (e o que é que relaxa a gente, hein, hein?) e depois o pluft ocorre necessariamente. O sexo anal, ainda que não permita que a mulher goze (classicamente falando) pode ser muito agradável, afinal, terminação nervosa é o que não falta lá, né, Brasil.




Outro ponto curioso é a questão do desejo: mais de uma das entrevistadas disse que gosta que o cara queira, ainda que não vá, necessariamente, dar. (mulheres, quem entende!) E todas elas afirmaram ter muito prazer com a preparação do terreno que não inclui, obrigatoriamente, penetração.

E a chuca? prática recorrente entre as amigue homossexuais, não acontece com frequência com as mulheres que, muitas vezes, são pegas pelo pluft de surpresa. Então, meninos, estejam sempre preparados: todo mundo tem que pagar o que apronta nessa vida e o cu pode ser sempre uma caixinha de surpresas!

Voltamos à polêmica: desde a antiguidade clássica ( e desde antes dela, certamente) o sexo anal é recorrente. Quem nunca ouviu da vó loucona da amiga que o sexo anal era a maneira mais inteligente e prazerosa de manter-se virgem? Pois bem, a prática é antiga, mas o tabu continua, inexplicavelmente. E, por mais curioso que seja, "Vai tomar no seu cu" ainda é ofensa mundo à fora.

Meninos, meninas, vamos todos relaxar. Pede quem quer, dá quem tem vontade, mas longe das amarras do moralismo. Quem fugir porque o moço é perna-de-mesa a gente perdoa, mas porque ali não é o lugar anatomicamente adequado, aaah, isso não é desculpa.

Caros leitores, se vocês querem convencer alguém, fica a dica musical, do lindo delicioso e rockmente persuasivo, Paulão:


É isso ai, pessoal. Usem camisinha e, qualquer dúvida, crítica, sugestão, convite: escrevam-nos.

Beijos gregos,

Desamélias.

Dica de leitura: "História do Olho", de Georges Bataille.


3 comentários:

Rosa disse...

Pessoal, isso chegou por email achei legal divulgar:

"O que falar do sexo anal ??? Prazeroso ou dolorido ??? Excitante ou constrangedor ??? Fazer na primeira transa ou não ??? Afinal, o que nós pensamos sobre o sexo anal ??? Tenho por mim que se trata de uma transa meio animal, ou seja, transa e não amor, sendo que naquele momento queremos ser possuídas e dominadas, com jeitinho, mas depois, se o cara souber fazer, você vai rebolar tanto que nem vai mais ligar para aquela pequena dor inicial (caso tenha), enfim, está te dando o maior tesão e você quer gozar. E como quer gozar. Ainda mais se o cara souber usar seus lindos dedos na parte da frente do seu órgão genital. Clítores meninos, clítores e com jeiti"nho. Mas se eles não souberem, faça vc mesma !!! Por outro lado, se não estiver te agradando e vc já tiver experimentado todas as posições, pare e domine o sexo do jeito que te dê mais tesão, afinal, o que queremos é gozar !!"

Anônimo disse...

O tema é polêmico, mas mulheres numa relação longa e duradoura use pra sair da rotina. Recentemente após uma balada fui pro motel com uma garota que conheci na festa e rolou, o curioso nessa história foi o que ela me disse: "É mais fácil rolar sexo anal com um cara que provavelmente eu nunca mais vou ver" acho que isso ocorre em função disso ainda ser considerado sujo e feio. Eu honestamente gosto, mas não é melhor que o trivial.

Anônimo disse...

Dá uma lida nesse artigo muito legal sobre o assunto, e de preferência curte lá pra ajudar minha amiga:

http://www.casalsemvergonha.com.br/2011/12/12/o-acurado-gosto-masculino/