terça-feira, 29 de novembro de 2011

A valorização do chilique: até quando?

Dias desses tava toda feliz enrolando trabalho no facebook quando vi algo parecido com "Mulheres de verdade são chatas: são delas que você vai se lembrar o resto da vida mimiblababmimizzzzzzzzz". Ri alto, e quis escrever sobre isso, mas fiquei morrendo de preguiça. Esses dias andei vendo muita amiga-conhecida-etc dando chilique e lembrei dessa imagem e ADIVINHA SE EU ACHEI? Achei nada, então vim, mesmo sem o foco imagético, lançar a opinião das desamélias sobre essa realidade.

QUEM COMEÇOU COM ESSA HISTÓRIA DE QUE É LEGAL SER CHATA? Eu não tenho a mínima dúvida que foi uma mulher - chata - tentando convencer seu namorado que é normal. Recorrente é, normal, não.  Ser chata pressupõe encher o saco e dar chilique por tudo, seja pela cerveja, seja pelo futebol, seja pela secada na bunda de vizinha. E, meus queridos, se tem uma coisa que não queremos aqui é esse tipo de mulher. É ÓBVIO que temos ciúmes e que eles às vezes nos consomem e fazem falar mais do que deveríamos (mea culpa: já chorei na webcam por uma pessoa eu sequer conhecia), mas a questão é: TEMOS VERGONHA DISSO. Não do nosso sentimento, que mesmo que dure duas semanas é sincero, mas de nos expormos e atrapalharmos a vida das pessoas normais. 

E, mulheres, não se iludam. É claro que os caras vão te esquecer se você for chata. E, se não esquecerem, é porque comparam com aquela pessoa legal, que tem noção que indívíduos são pessoas separadas e que relacionamento não inclui fusão de personalidade. Deixa o moço olhar a bunda da moça em paz e vamos olhar também que é uma delícia, ta?

Por fim, que fique bem claro: ainda que tenha sido uma imagem sexista dando a entender que afinal só mulheres são chatas (e, portanto, inesquecíveis), o contrário é mais que válido: NÃO VAMOS lembrar com saudade da sua repressão as nossas microssaias, e, menos ainda, quando você puxou briga com o cara que nos chavecou no bar. Isso é feio, mocinho, isso não é demonstração de afeto. Pelo menos não para nós. Antes de achar ruim o tamanho da minha saia, invente mil maneiras de tirá-la que eu ficarei mais feliz.

E se você foi chato semana passada, carente anteontem e meio mal educada nesse almoço de hoje, tudo bem. Somos humanos, mas... Não se vanglorie por isso.

Beijos vermelhos,

Rosa.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"Ai se fosse o meu": discussões sobre o sexo anal


Hoje vamos falar de um assunto polêmico: o seu, o meu e o nosso amado ânus, tão vangloriado em ofensas e pouco respeitado no dia-a-dia, o vulgo cuzinho, pisca (hehe) constantemente entre a tara masculina mais recorrente. Ou, aparentemente recorrente. Junto com sexo à três com duas mulheres, o sexo anal figura como uma das taras mais citadas pelo universo masculino quando se trata de sexo heterossexual (hoje, os homossexuais ficarão de lado, já que eles têm muita vantagem nesse caso, e vamos tratar de minorias).

Partindo do pressuposto que o sexo anal era unanimidade entre homens, fui à caça de depoimentos e qual não é a minha surpresa quando 3 dos 7 amigos entrevistados não gostam, enquanto mais 2 são indiferentes, 1 gosta e outro venera. Ok, a amostra não é muito grande, mas eu também não tenho cara de censo 2011 e me resumi a fazer um levantamento sucinto. Pensei em trazer os depoimentos na íntegra, mas achei que não ia ficar coeso, então vou livremente parafrasear as opiniões dadas. 

Ainda que com esforço, exceto pela questão dimensional ("cu é apertadim"), não há qualquer outro motivo explícito e explicável para essa tara. (Aguardo considerações nos comentários). Curioso é que o cu figura como uma espécie de prêmio entre as mulheres e mito entre os homens ("Só vou dar quando tiver casada e em crise, pra salvar o casamento"); ("só darei prum cara especial"); ("ainda não tentei comer, porque não temos nada sério"). Apesar dessa áurea de prêmio que o sexo anal tem, muitos dos depoimentos femininos colhidos dizem que não tem problemas nenhum com o sexo anal e que, inclusive, sentem muito prazer, mas que é preciso, de fato, superar a dor, muito além do impasse moralista.

Mas quem não se lembra da aula de sexo anal fornecida pelo SBT há uns bons anos? Quem não lembra, eu refresco a memória: AI, QUE SUSTO.

Essa aula, além de toda a performance engraçadíssima, carrega um conceito fundamental quando falamos de sexo anal. Meninos, muito amor nessa hora, porque dói. E isso é unanimidade, então, escutemos a dica da nossa amada sexóloga, e sempre pensando "Ai se fosse o meu".

Um dos melhores depoimentos colhidos falou da questão PLUFT. Explico: o escorregão forjadamente (ou não) espontâneo que resulta em uma primeira experiência. Pasmem: não é conversa, o pluft acontece mais recorrentemente do que imaginamos. Mas, para o pluft ocorrer, precisamos estar mais relaxados do que nunca, e aí vai a dica duma amiga que, ó, arrasa nesse quesito:

a amiga diz que o grande segredo é deixar a mulher bastante relaxada (e o que é que relaxa a gente, hein, hein?) e depois o pluft ocorre necessariamente. O sexo anal, ainda que não permita que a mulher goze (classicamente falando) pode ser muito agradável, afinal, terminação nervosa é o que não falta lá, né, Brasil.




Outro ponto curioso é a questão do desejo: mais de uma das entrevistadas disse que gosta que o cara queira, ainda que não vá, necessariamente, dar. (mulheres, quem entende!) E todas elas afirmaram ter muito prazer com a preparação do terreno que não inclui, obrigatoriamente, penetração.

E a chuca? prática recorrente entre as amigue homossexuais, não acontece com frequência com as mulheres que, muitas vezes, são pegas pelo pluft de surpresa. Então, meninos, estejam sempre preparados: todo mundo tem que pagar o que apronta nessa vida e o cu pode ser sempre uma caixinha de surpresas!

Voltamos à polêmica: desde a antiguidade clássica ( e desde antes dela, certamente) o sexo anal é recorrente. Quem nunca ouviu da vó loucona da amiga que o sexo anal era a maneira mais inteligente e prazerosa de manter-se virgem? Pois bem, a prática é antiga, mas o tabu continua, inexplicavelmente. E, por mais curioso que seja, "Vai tomar no seu cu" ainda é ofensa mundo à fora.

Meninos, meninas, vamos todos relaxar. Pede quem quer, dá quem tem vontade, mas longe das amarras do moralismo. Quem fugir porque o moço é perna-de-mesa a gente perdoa, mas porque ali não é o lugar anatomicamente adequado, aaah, isso não é desculpa.

Caros leitores, se vocês querem convencer alguém, fica a dica musical, do lindo delicioso e rockmente persuasivo, Paulão:


É isso ai, pessoal. Usem camisinha e, qualquer dúvida, crítica, sugestão, convite: escrevam-nos.

Beijos gregos,

Desamélias.

Dica de leitura: "História do Olho", de Georges Bataille.


sábado, 5 de novembro de 2011

Colírio Nerd cinematográfico; westerns delícia

E nesse sábado lindo de tpm, venho cumprir o pedido de uma leitora querida, fazer um colírio nerd do delícia do Clint Eastwood. Não que a sugestão não seja magnífica, mas é que essa semana, um outro colírio (menos colírio, mais nerd, mas é dai que vem todo o charme) faz aniversário. Um gênio do cinema, o delícia Charles Bulldog Bronson! Então, vamos fazer um colírio nerd duplo, VEM GENTE!


Definitivamente: não se fazem mais homens como Clint Eastwood! Um homem que ganha 4 óscares (gente, adorei o plurar de Oscar), ator, produtor, diretor e gato. Gato até assim:



Mimimi estético à parte, Clint foi o HOMEM da trilogia dos Dólares do Leone (e quem não sabe do que tô falando, corre lá no google que vale muito à pena descobrir!). 
Pesquisando a filmografia dele, encontrei uma citação genial do Leone sobre ele:
"Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele."  Isto é, caríssimos, um homem de verdade: diz tudo que tem pra dizer com duas expressões. Aí sim, né?



Já que eu não levo jeito pra wikipedia, não vou ficar falando de todos os filmes do wowo, vou para as partes mais quentes e tentadoras do nosso colírio. Pergunto:
Que mulher em sã consciência resistiria a:
- um galã, ator, diretor, produtor,  cantor, político (que votou no Arnoldão!) E muso-inspirador do Stephen King;
- Muso-inspirador de uma música do Van Halen;
- Diretor do Mystic River (ok, mimimiblablabla tem outros filmes geniais, mas eu sou a pessoa autoritária que escreve esse post, logo, falo o que eu quiser. hahah Brincaeira, sugestões e comentários são bem vindos).
- pai de 7 filhos com 5 mulheres diferentes: HAJA FÔLEGO!

Hollywood não é só, portanto, uma fábrica de rostinhos bonitos e pouco sensuais (Leonardo di Caprio e cia limitada!) apesar de parecer. Já houve (o passado cabe bem aqui), muito homem muito macho. E aí que o Clint sai um pouco de cena e entra o nosso já póstumo aniversariante:  Bronson.
Bronson não era bonito, ok. Bronson não era exatamente atraente, Bronson não era um galã. Mas Bronson era homem de verdade, MUITO, MUITO MAIS QUE CHUCK NORRIS. (E até minha mãe acha!). Bronson povoará eternamente o imaginário feminino, não importa de que época (né, mãe!?)


Eu poderia pedir pro meu querido Caio falar um pouco sobre Westerns para explicar o tesão irreparável que o Bronson é, mas vou simplificar em uma frase: ERA UMA VEZ NO OESTE. Tá bom ou quer mais? Um dos melhores filmes do mundo, e quem é a máquina de testosterona que o move?

Se eu ficar falando mais e mais, ninguém vai ler o post que vai ficar longo. aquilo sim é que era homem é o pensamento que povoa quando pensamos nos nossos colírios. Não abandonem os westerns, mulheres, é um dos gêneros mais legais do universo cinematográfico: convençam-se também.

Pistoleiros, no fundo, a gente ama vocês...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

o último fora da Desamélia nerd

Você vai lá e fala mal do moço. Mas ele é feio? Não, é lindo! Mas ele é chato? Não, até que é bonzinho. Mas ele é idiota? Não, é de boa. É machista? Não.

Por que mesmo que você não o quer?

Ah. Ele tem graves lacunas epistemológicas...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Nem que caia, nem que esvaia

Um querido leitor anônimo sugeriu: "vocês poderiam fazer uma enquete, ou simplesmente responder: o que é pior na hora H, o rapaz brochar ou ejacular precocemente?". Hm. Assunto interessante, que nos coloca em saias justas, nos garante risadas e também - por que não? - cumplicidade com o rapaz. Então juntamos a mulherada e mandamos a pergunta "O que é pior: broxada ou ejaculação precoce?" e olha só:

É pior a ejaculação precoce, porque broxar é uma coisa que não significa que a pessoa é de fato ruim, depende de inúmeros fatores, trabalho, cansaço, sabe. A ejaculação precoce, ah. O cara é babaca.

Nunca nenhum cara broxou comigo [sério], então não sei como seria. Imaginando, acho que ejaculação precoce, porque a coisa já começou e acaba antes de terminar!

Broxada. Porque se o cara broxa você nem consegue começar nada... fica aquele climão... tem que arrumar outra coisa pra fazer. Se ele tem uma ejaculação precoce pelo menos começou... você pode dar outro jeito de acabar... falar pra ele tentar de novo, não sei.

Acho que broxar é infinitamente pior. Antes metade do que nada!

Alguns caras quando são precoce são uma benção, né? Porque às vezes o cara é tão ruim, mas tão ruim que tudo o que você quer é que acabe logo. Mas o broxa, não tem jeito. É ruim, é desagradável, parece que a culpada é você por não ter um corpo de modelo, por não ter um cabelo maravilhoso (será que estou muito gorda? será que estou com bafo?) ou por sei lá, ser você mesma. Mas o mais importante é: a gente não sabe como reagir, como se comportar. Quando o cara broxa fica a impressão que a culpada é mesmo a mulher. Já o precoce, não. Ele é o culpado da situação e, ainda bem que foi rápido, né? Porque você nunca mais irá falar com ele! Mas quando o cara é broxa sentimos... pena.

Acho que broxar, porque você não perde a melhor parte, por nem ter começado... Por mais que também seja frustrante!

Acho que broxar é pior que ejaculação precoce. Sei lá, quando o cara broxa (por mais que não tenha exatamente a ver com a menina, ou por mais que ele diga isso) a menina fica com uma impressão (mínima, que for) de que o problema é com ela, que não rola tesão, ou qualquer coisa do tipo. E, depois de broxar, acho que o cara deve ficar sob tensão e se sentir meio na obrigação de conseguir da próxima - o que pode tornar a próxima vez muito menos natural e bacana. Quando o problema é ejaculação precoce, acho que a próxima vez não é tão tensa e o cara pode compensar mais facilmente depois...

Ejaculação precoce é pior, é estragar totalmente a brincadeira. Na broxada você cria até uma simpatia, é uma coisa que pode acontecer e defitivamente o cara estará se sentindo pior do que você.

Eu não acho que a questão seja broxar ou colocougozoucabou, mas como o cara reage diante disso e como ele garante a segunda parte. Afinal, se a segunda valer por duas, a gente perdoa a primeira péssima impressão.


Eu prefiro que goze rápido: pelo menos eu vou achar que sou muito muito muito gostosa e não broxante.

Sem dúvida, uma broxada é bem pior. Porque antes brincar um pouquinho do que nem começar a brincadeira, não é? Se a rapidinha é muito rápida e não dá tempo pra você, há sempre a possibilidade de continuar sozinha e o cara ainda se animar para um segundo round e terminar o serviço com você, aí, vira quase que um sexo tântrico, rsrs. Tá, mas tudo bem que em certos casos não dá pra contar com essa sorte. Mas você pode ainda guardar a energia para a próxima. Sei lá. A broxada é frustrante demais e ainda, para algumas pessoas, tem aquela parte de TER de consolar o homem. Aff. Horrível.

BROXADA, sem dúvidas...

Acho terrível quando o cara acaba muito rápido. Sei lidar com a broxada e sei que, se tiver tempo, dá pra tentar de novo dali uns minutos. Mas a rapidinha não! É frustrante, por mais que tenha suas explicações. Fica aquela sensação de que ele só estava pensando nele, por mais que não seja bem assim.

Bem, aqui vai minha difícil resposta, porque né: acho pior a broxada, porque mesmo que o rapazinho tenha sido rápido demais, seu tesão ainda tá lá e você ainda quer "ser feliz" também. Já na broxada...no meu caso broxo junto total.


Na minha opinião é broxada, mas isso deixa explícito um certo grau machista em mim, eu acho, porque mostra que eu prefiro fazer sexo sem qualidade do que não fazer...mostra que eu me satisfaço com o cara se satisfazendo. Na verdade, a diferença é que na broxada você se sente feia as vezes, mas não deve porque é o cara que tava sem cabeça pra aquilo. Ele te escolheu, te chamou pra aquilo, ou seja, não é porque você é feia, é porque ele na hora pensou em algo que fez ele mudar a motivação. Mas se ele broxa ninguém faz sexo, e se ele ejacula precocemente, só ele faz sexo. De qualquer forma a mulher não tá satisfeita.


Então, lindinhos, sacaram, né? A maioria delas - pelos menos essas daqui - não suportam a broxada. É difícil lidar, é chato, mexe com a auto-estima e o pior: sabemos que vocês também ficam numa bad, meio assim, sem reação, e isso gera um climinha bem desagradável se a intimidade não é suficiente para contornar a situação. Mas acontece, já aconteceu, vai acontecer. E se faltou clima para rir na hora, vamos rir aqui com o gracinha do Luís Fernando Veríssimo, que dá uma boa de uma sugestão para dar jeito na broxada, além de aliviar o lado de vocês com muito bom-humor, olhaí:

Negar fogo é humano. Antes de pensar em atirar-se pela janela, examine a situação. Certifique-se de que não existe uma causa psicossomática para o seu fracasso, como a política econômica do governo ou o fato de a sua mulher ou namorada ter aderido ao halterofilismo. Pode não ser culpa sua, ou do seu tecido eréctil. Lembre-se de que existem várias situações em que negar fogo não só é aceitável como até recomendável. Eis algumas:

* Vocês namoram há pouco tempo. É a primeira vez que vão para a cama. Você acaba de tirar a calcinha dela. Descobre que ela tem “Wando” tatuado numa nádega.

* Ela convidou você para o seu apartamento e o recebe completamente nua mas com um quepe da Gestapo na cabeça e uma coqueleteira de metal numa mão. Depois você descobre que não é uma coqueleteira, é um triturador portátil.

* Você introduziu sua mão sob a blusa dela e sente o mamilo quente crescer contra sua palma. Ela beija seu pescoço, depois lambe atrás da sua orelha, finalmente encosta os lábios úmidos na sua orelha e diz:
- Gostas do Paulo Coelho?

* A porta do quarto se abre e uma senhora gorda de chambre entra arrastando os chinelos e diz:
- Não parem, não parem, eu só vim pegar uma lixa no banheiro.

* Quando chega ao orgasmo, ela começa a bater nos seus rins com os calcanhares e a gritar os nomes dos faraós do Antigo Egito.

* Vocês decidiram transar num lugar diferente: na praia, sob as estrelas. Tiraram toda a roupa, correram pela beira do mar de mãos dadas sentindo a brisa salgada no corpo todo. Agora rolam às gargalhadas pela areia até caírem numa trincheira cheia de soldados camuflados e serem informados de que estão no meio de manobra militar, e é para não fazerem barulho senão vão denunciar sua posição ao inimigo, que observa tudo o que se passa na praia com binóculos infravermelhos.

Às vezes negar fogo tem as mesmas causas do motor afogado. Do motor que não funciona não por falta de combustível, mas por excesso. Isto é: você está tão a fim, tão a fim que não consegue. É um motivo perfeitamente respeitável que não deve afligir ninguém, embora seja o mais frustrante. Sua causa é o perfeccionismo. Você finalmente vai fazer amor com a mulher dos seus sonhos. Um ideal que você persegue há anos, ou alguma beldade famosa que por umas horas dessas dádivas da providência cruzou olhar com o seu e disse com o olhar que sim. E agora você está prestes a possuí-la. Tudo tem que ser perfeito. Esta é a transa com que você se consolará nos anos do seu declínio, quando sua única zona erógena será sua memória. É a transa que você contará para os netos.

A mulher dos seus sonhos já está na cama. A cama é perfeita. A iluminação é perfeita. A temperatura é perfeita. A umidade relativa do ar, os índices médios da bolsa, a colocação do Botafogo no campeonato, tudo. Só falta uma coisa. Seu tecido eréctil está fazendo que não é com ele.

A mulher da cama pergunta por que você está assoviando. Você diz que é de contente. Ela pergunta por que você não vai para a cama. Você diz “você notou a vista daqui?”, e dirige-se para a janela. Você se atira pela janela, para ganhar tempo.


Fazendo esse post, surgiram as dúvidas: é broxada ou brochada? E qual o termo divertido para ejaculação precoce? Juro que fiquei confusa.

E sim, o título genial foi ideia da Rosa. (: