segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Me digas quando nasceste e te direi quem és...

"Quando eu era mais nova, adorava ler coisas sobre os astros. Não sobre a Britney Spears, mas sobre astrologia (o resto do meu tempo eu gastava lendo sobre os Backstreet Boys). E eu era extremista, dogmática. Por isso não reclamo quando um evangélico tenta me convencer que o sangue de Cristo tem poder. Eu falava horas e horas sobre a influência de Júpiter na nossa personalidade.

Hoje as coisas mudaram. Sou agnóstica - estou sempre em cima do muro – e não sou totalmente cega quando o assunto é astrologia. Isso acontece porque para a astrologia fazer sentido, há muitas contas e cálculos a serem feitos e hoje faço faculdade de humanas. Mas nada disso me impede ficar sempre com um pé atrás quando conheço um leonino ou um canceriano.

Acontece que esse post será diferente. Não irei falar sobre como um arietino gosta de tomar a iniciativa (sim, ariano é gente branca que Hitler gostava, arietino é quem nasceu sob o sol na casa um). Não. Irei falar sobre outra coisa. Quando você nasceu, não será o assunto dessa lista. Mas sim de quando seus pais te geraram.

Áries – Você foi gerado em julho. Ou seja, seus pais só estavam um dia tentando se aquecer, por isso você é assim, tão nervosinho. Ninguém achou que aquela noite fria iria dar tanto trabalho depois.

Touro
– Agosto é conhecido como o mês do azar. E advinha o que aconteceu com os seus pais? Sua mãe ficou grávida. Assim, você vive teimando que não é um medalhão de má sorte ambulante.

Gêmeos – No mês das flores, do amor, do início da primavera seus pais olharam um para o outro e viram o quanto se amavam. Por isso você é tão alegrinho e bobo. Além de ser super mente aberta – leia-se meio viado. (Sim, sou geminiana).

Câncer – Oktober Fest, dia das crianças, feriado prolongado. Na realidade seus pais estavam bêbados sem saber o que estavam fazendo. Assim, você precisa acreditar que eles se amam, que não foi tudo conseqüência de um final de semana regado a cerveja na praia.

Leão - Você é tão mal humorado porque foi concebido no dia dos mortos. Nada mais a declarar. (sim, eu tenho medo de leoninos)

Virgem - Em pleno Natal, aqueles sem vergonha não respeitaram a ordem das festas e foram direto para a comemoração. Alguém na sua família tem que mostrar um mínimo de seriedade e sobriedade, certo?

Libra – Você é meio gay porque nasceu no mês das flores e foi gerado em pleno verão. Quer mais desculpa para ser todo fresco?

Escorpião - Com seu pai vestido de travesti e de batom, sua mãe toda colorida e maquiada de sainha curtinha numa festa open bar em pleno carnaval. Não é de surpreender que você seja meio assim, vingativo. Além de só pensar em sexo, claro.

Sagitário - E são as águas de março fechando o verão. Sem ter muito que se fazer, seus pais estavam em casa, molhadinhos. Se eu fosse você, também não gostaria de ficar muito em casa não.

Capricórnio – Páscoa. Sem comer carne, advinha o que seus pais (aqueles safadinhos) fizeram? Por isso você é assim, todo caladão. Vergonha, né?

Aquário
– Realmente, numa família em que se comemora o dia das mães tentando fazer outra, as pessoas são assim, para frentex. E com esse amor louco dos seus pais, tem que se ater ao computador, à internet, a motor de carro...

Peixes – Quando alguém te zoar dizendo que você é meio romântico, meio avoado, meio gay, replique: você foi a conseqüência do dia mais romântico do ano: o dos namorados. Em pleno inverno, seu pai foi todo amoroso com a mamãe, levou chocolate, um vinho (para aquecê-la no inverno) e... É você é fruto de um amor capitalista. Mas não fique triste e pensativo, ok?

Gostaria de salientar que eu tenho amigos de todos os signos e amo muito todos eles. Mas isso é só uma brincadeira que veio na minha cabeça conversando com a Carol (escorpião e o carnaval) e o Vinho (sobre o porquê há muitas pessoas nascidas em setembro). Só isso.

ps: Escrevi pouca coisa sobre Leão pois terei medo das reações vindouras..."


Esse texto é da Deborah, e eu achei tão legal, e tava lá, perdido nos arquivos, que pedi para ressuscitá-lo aqui. (:

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Até que a vida nos separe

Traição e fidelidade têm sido assuntos recorrentes entre eu e meus amigos, e numa dessas conversas, um deles mandou: “se um dia eu trair a minha namorada, ninguém vai ficar sabendo, nem vocês, porque eu não namoro uma idiota e ela não vai se passar por tonta na frente de ninguém”.

Em outra conversa, a história era a seguinte: a garota foi passar uns dias com a família numa cidadezinha do interior. O namorado, que estava trabalhando, chegaria dias depois. Aconteceu de ela ir em uma festa e ficar com um rapaz um dia antes da chegada do amado. A moça tinha amigos na cidade, que viram tudo. Ele, o namorado traído, não conhecia ninguém por lá. Poderia ficar por isso mesmo: foi um lapso, ele nunca saberia. Mas antes que ele entrasse no ônibus para ir vê-la, ela ligou e falou para ele não ir. Contou tudo, porque não queria que ele fizesse o papel do corno na frente dos amigos. Terminaram e ela chorou por três dias.

De todas as conversas que tenho tido com esses meus amigos, sempre chegamos à mesma conclusão: é difícil ser fiel.

E isso não é só opinião nossa, não. A revista VIP desse mês traz uma pesquisa que aponta: 73% dos homens e 64% das mulheres admitem já ter traído pelo menos uma vez na vida.

Eu acho que em um mundo onde a maior parte das pessoas assume a traição, o que realmente importa é a forma como ela se dá. Se foi apenas um deslize, pode ser perdoado. E pode também ficar guardada, caso não prejudique a imagem e os sentimentos da pessoa traída. Eu já falei disso em outro post. Para mim o limite entre a traição aceitável e aquela que pode pôr fim a um relacionamento é a lealdade.

Na matéria da revista VIP, algumas pessoas disseram que a traição ajuda a manter o relacionamento: busca-se fora de casa o que já não se tem lá dentro.

Eu não sei se é minha forma intensa de ver as coisas, ou se eu ainda vivi muito pouco, mas para mim, buscar em outras pessoas o que não se encontra naquela que está ao nosso lado é covardia.

É medo de terminar de vez, e buscar tudo novo, e viver coisas novas por completo: manter o que já se tem é mais fácil. E mais cômodo.

E isso, quando vira um hábito, foge daquilo que, na minha concepção de relacionamento, é o correto: namoro é parceria, companheirismo, os dois juntos. Quando um dos dois foge do compasso, por que continuar?

A pessoa que está ao meu lado pode ter mil motivos que me prendam a ela, mas se eu tiver um motivo para buscar algo em outro alguém, a coisa desandou.

Penso ainda que esse “buscar em outro alguém o que não tenho com meu parceiro” acontece porque, além de não sabermos lidar com fidelidade, também não sabemos lidar com uma outra coisinha um tanto dolorosa: o fato de que relacionamentos, às vezes, têm prazo de validade.

A gente ainda tem mania do “para sempre”, e por isso vai aceitando o mais ou menos. Às vezes, aceita traição. Muitas vezes, aceita incompletude.

Eu concordo com os amigos citados lá em cima: o mais importante é preservar a pessoa que está ao meu lado. Quando isso já não faz mais diferença, quando eu traio sem me preocupar com o outro, quando vira rotina, quando os amigos sabem e ele não, tem alguma coisa errada. É sinal de que alguma coisa entre nós se perdeu. E por mais que ele não fique sabendo dos meus erros, quem não está sabendo que as coisas já acabaram provavelmente sou eu.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

É, mas tem que surpreender...


Há tempos venho notando o quanto eu me apego a coisas muito sutis para me apaixonar, me encantar ou mesmo ficar com vontade de alguém. Essas tais pequenas coisas são as mesmas que despertam um desejo muito louco de ser amiga de uma pessoa: pode ser até o jeito descontraído que ela contou uma história triste. Mas é que não se torna amigo por pouco, mas é por muito pouco que às vezes nos envolvemos com as pessoas. Ele é bonito e inteligente, tudo bem, mas é aquela beleza e inteligência óbvias desde que você olhou pra ele. Ela é meio piradona, descontraída. Aham, mas é piradona e descontraída até demais, em horas impróprias. Eu gosto é de gente que é muita gente, gente que surpreende o tempo todo e que você não cansa de descobrir coisa nova. Faz um tempo que ninguém me surpreende, e eu confesso a vocês que nem mantenho minha expectativa assim tão alta. Às vezes, um comentário outro faz a gente se enganar e dizer: tai, esse é diferente. Mas nem é. Olho em volta de mim, quanta gente surpreendente eu conheço e que bom que são meus amigos. V. é tímida que dói, fica vermelha cada cinco minutos, mas com um bom papo você suga dela os comentários mais maliciosos possíveis, sem contar que, no fundo, é uma latinista que faz contas super bem. A. é retraído, meio gênio humanista que se isola do mundo, mas esconde dentro dele a pessoa mais solidária e generosa que eu conheço, capaz de ajudar qualquer pessoa, o tempo todo. E bebe, e nem filosofa tanto assim alcoolizado. C. é o tipo gostosa, quem a vê na mesa romana da academia não acredita que ela chega em casa e coloca os dedos pra funcionar no pc escrevendo as coisas mais legais que eu leio por aí. E o moço que ela conhece? Diz que joga basquete profissionalmente e sabe tudo de cinema. Quisera eu que as pessoas que eu conhecesse agora seguissem esse padrão, mas não. As pessoas andam sendo exatamente aquilo que elas aparentam ser, sem dubiedade, sem ambivalência, sem paradoxos. Sem surpresas. Não to falando que eu espero flores numa tarde chuvosa de trabalho, nem esses clichês conhecidos que a gente, no fundo, gosta e se surpreende. Eu to falando do moço antipático da festa, mas que cuidou de todas as suas amigas bêbadas. Do nerd que toma sempre um porre comigo, falando de American Pie. Do loucão que chora em comédia romântica e confessa que ama musicais. Do solteiro convicto capaz de fofuras, e de admitir que às vezes gosta (ainda que mais do que queria). Do engenheiro que te recomendou o melhor filme da sua vida. Do tipão que odeia vida acadêmica, mas adora poesia. Essas pessoas existem, mas parece que cada vez menos. Ainda mais na academia (não a de malhar, a intelectual mesmo) onde as pessoas assumem que são especialistas em uma área e não podem, portanto, perder a pose. Ou que são engenheiros e não podem fugir do esteriótipo e, quando acham que fogem, é porque fumam maconha e escutam Los Hermanos. Ser mais de um é mais que isso. E que mundo chato é esse que tem uma cara só e que nunca assusta a gente quando a gente vai mais fundo...

domingo, 9 de outubro de 2011

Steve Jobs, o poder digital

ôôôôÔôô Colírio nerd voltôôÔ

Caríssimos,

tô sabendo que acham que a gente não vale uma biriba usada, então não vamos nem fazer as devidas vênias quanto à questão moral de trazer pro Colírio Nerd um muso recém-falecido. Steve Jobs (que eu não ia falar nada mas tem ascendência árabe, o que justifica toda a sensualidade) foi um homem muito único e temos milhões de razões para acreditar nisso. 
Eu vou pular mimimiapple que todo mundo sabe e vou contar O PORQUÊ de Steve blowJobs ser o queridinho das Desamélias. Primeiro porque o rapaz tinha estilo:

Mas isso é fácil...

Agora me responda sem pestanejar: quantas pessoas vocês conhecem que foram responsáveis pelo aperfeiçoamento do ATARI? Hã? Hã? (E se você ai não sabe o que é um atari, duas opções: você tem menos de 18 anos, então saia desse blog; você é um panaca, pesquise no google).
Quantas pessoas você conhece que tem uma maçãzinha mordida de logotipo da empresa e mesmo assim não têm a sexualidade discutida?
Prossigo: quantas pessoas você conhece, além do Doug, que usam a mesma roupa em todas as ocasiões e NINGUÉM RECLAMA?



Não bastasse tudo isso, Steve Jobs é o tipo de cara que funda a Apple, a Pixar tendo se autodeclarado, no auge dos anos oitenta, um monge budista. (se ele soubesse que ia ficar careca não teria raspado a cabeça tão cedo). É, gente, outrora monge, hoje um dos maiores patrimônios do mundo. Não é um paradoxo sexy e genial?

É claro que Steve, Tetê para a gente, tinha um poder caríssimo e fundamental para nós mulheres, razão pela qual ele veio direto para o nosso colírio nerd: o poder digital. 

Queridos, que mulher não quer ir pra cama com o maior conhecedor de digitalidades e super maroto no tal do touchscreen? Que pena que perdemos a chance...


Boa semana, e estudem bastante para garantir o sexy-appeal!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vamos desameliar...

Queridos,

o Desamélias, entre trancos e barrancos, entre provas de mestrado, fins de namoro e novos empregos, vem sobrevivendo há mais de um ano e uma das maiores alegrias que eu sinto (entre estudar literatura e beber uma cerveja) é quando as pessoas vêm me falar de algum texto. Eu e Carol (A Keissy anda sumida, mas estou certa que ela partilha disso) fazemos esse blog com muito prazer e com muito respeito. Mas, ultimamente, comentários com ofensas pessoais de baixíssimo calão vem sendo feitos e chegou a hora de explicar qualéqueé a nossa.

Aceitamos críticas, todas possíveis, contanto que elas sejam repletas de respeito. Afinal, aqui ninguém desrespeita ninguém e eu só mando tomar no cu, assim diretamente, gente preconceituosa.
Ok, a gente mexe com tabus, com temas polêmicos e, pior, somos mulheres fazendo isso. Mas, caramba, galera. Em que ano a gente tá? 
A minha pergunta é: se a gente não tortura ninguém pra ler nosso texto, se a gente não paga, se a gente não impõe, por que alguém que (conforme comentários) nos acha asquerosas, insiste em ler TUDO o que a gente escreve? Não tenho ideia.

Outra coisa, minha gente, tem como parar de confundir texto com vida pessoal? Se eu escrevo sobre swing, eu não faço necessariamente, simplesmente acho algo válido, para quem tá querendo, oras. Se eu falo sobre homossexualidade, sobre sexo selvagem, sobre sadomasoquismo é apenas porque EU NÃO VEJO PROBLEMA NISSO, não importa se eu pratico ou não. Pensamos nesse blog para quebrar o preconceito, discutir assuntos pouco discutidos ou não suficientemente discutidos, e não para desabafar para vocês o que fizemos na noite de ontem. Então, caríssimos anônimos, se vocês não conseguem discernir factual de ficional, vão ler O código da Vinci, ok?

Enfim, os comentários agora precisarão de nossa aprovação para serem publicados. É triste, eu sei, mas eu não sou obrigada a aguentar tantas ofensas, porque pessoas que eu gosto e respeito leem esse blog, inclusive minha família (beijo, pai; beijo, mãe!). Claro que não vamos bloquear os anônimos de vez porque muitos deles fazem comentários valiosíssimos, enriquecem nosso post com experiência pessoal e seria injusto obrigá-los a se identificarem.

Desse modo, desculpa para quem quem perdeu tempo lendo isso sendo que não havia necessidade. 
Pessoal, vamos dar um stop nesse machismo todo, hein? Todo mundo pode discutir o que quiser. Somos mulheres bem resolvidas o suficiente para falar sobre qualquer assunto. Sabe, às vezes a gente acha que os conservadores insistem em comentar por medo que a gente desamelie o mundo.  Mas o movimento não vai parar...

Inspirada pela Natália, uma grande desamélia que também ficou revoltada com tudo isso (cito: No espírito de tudo isso, queria dizer, mulheres, por favor, não basta fazer, vamos falar de sexo publicamente (porque entre quatro paredes até minha tia avó fala), e quem sabe assim não mudamos um pouco as coisas) trago a nossa musa Vani:



No fundo, no fundo, essa revolta é um tremendo elogio. Porque desamélia que é desamélia causa furor.

Beijos pra todos, menos pros machistas,


Rosa e Carol.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amor leviano

Você conhece uma pessoa interessante, vocês se beijam e se divertem. Trocam telefone e ela liga no dia seguinte. Saem juntos. Um dia, acabam dormindo juntos. No outro, passam a tarde no MSN falando sobre música e cinema.

Você começa a gostar do jeito dela e de certa forma deixa isso escapar: num sorriso ou sms carinhoso. Então, a pessoa legal, divertida, bonita e que combina tanto com você faz o que? Some.

Você liga, ela atende e dá uma desculpa para não te ver (dor de cabeça, os estudos, o trabalho, o aniversário do melhor amigo). Você, paciente e iludido, acredita e espera.

Pois é. A frase está pregada em salões de cabeleireiro, escritórios de advocacia, mural de facebook e Orkut e a gente não aprende: quem quer arruma um jeito; quem não quer, uma desculpa.

Se ela quisesse, iria te considerar uma boa opção para curar a dor de cabeça, o estresse do trabalho, iria deixar os estudos para mais tarde e te convidar para a festa do melhor amigo.

Difícil, mas quanto mais cedo a gente entende isso, melhor: as pessoas as vezes não nos querem para sempre.

Ok, todos temos o direito de amar e desamar, de gostar ou não, mas então porque ela dava pistas de que seria para sempre, ou pelo menos por um bom tempo? Por que sorriu de volta quando você sorriu? Por que fez carinho, mandou sms, pediu colo, dormiu junto e fez essas coisas todas que confundem a gente?

Simples: porque nós, todos nós, em porcentagens diferentes, somos um tanto carentes e outro tanto egoístas. E quando precisamos de carinho e atenção e aparece alguém que tem isso a oferecer e se encaixa nas nossas exigências, por que dizer não?

Mas daí chega uma hora que soa aquele alarme: isso está virando compromisso. E quem está pronto assume, mas quem não está, some. Pode rolar conversa sincera? Pode. Mas vai rolar? Nem sempre, porque somos imaturos, porque tendemos a escolher o caminho mais fácil e porque não temos certeza de que a outra pessoa está levando a sério a ponto de querer ouvir uma conversa sobre o fim de algo que mal começou.

Soa leviano? Meu bem, a vida é leviana. Impossível cobrar dos outros aquilo que temos a oferecer: as pessoas são diferentes.

Algumas pessoas estão dispostas a se entregar por tempo indeterminado, outras não.

O importante, então, é que seja por completo. Mesmo que dure uma noite.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

É uma questão de cheiro




Dizem as boas línguas, aquelas, bem boas, que sexo vicia. Nós endossamos o coro: vicia.
A grande questão é: nunca dê o primeiro gole. Se você fica algum tempo sem, ainda que sinta falta, fica mais tranquila. Mas não experimente recomeçar, o vício corrompe e você começa a pensar nas pessoas do mundo sem roupa. Tudo bem que não é exatamente assim, mas é complicado (principalmente quando foi muito bom) não ficar relembrando detalhes carnais da noite passada.

Como todo bom vício, o sexo vem acompanhado das percepções sensoriais e a que mais pega - e como pega - é o tal do cheiro. Tem gente que é adepta do banho-logo-em-seguida, enquanto tem a galera que desfila pro mundo seu cheiro de recém-transado (a) com a maior cara de pau. Tanto faz que tipo de perfil você se encaixa, o que importa é que sexo tem cheiro e não pode ser desprezado. Narremos alguns fatos de autoria variada:

A amiga passa um tempo longe de casa e quando volta a cama ainda está cheirando sexo. Não consegue trabalhar porque, afinal, é que nem cheiro de orégano de pizza ou bacon quando alguém está com fome: abre o apetite. E desconcentra. Heroico é aquele que consegue, na mesma cama em que fez sexo, resolver os problemas da empresa ou fazer uma lista de compras da semana.

A amiga que sonhou que tava fazendo sexo porque sentiu cheiro de sexo no ar. O cheiro de sexo do outro, então, é perceptível. É bom? É ruim? Pode ser ou não excitante?

A amiga que leu na Nova, sempre ela, que o tal do cheiro de sexo são os hormônios e, quando ficam e a gente gosta, é porque o moço(a) tinha os hormônios adequados ao nosso. Mas e o desodorante? Suor cheiroso é sempre mais gostoso, ou não é?




Paremos com as perguntas retóricas e vamos inserir cientificidade aqui para o post parecer mais sério:

"Aparentemente, o olfato parece ter uma implicação importante no comportamento sexual humano. Foram descobertas várias substâncias presentes em secreções corporais que poderiam atuar como ferormônios sexuais, como por exemplo, a androstandienona do suor masculino e as copulinas da secreção vaginal." Esse trecho vem deste texto aqui

Milhões são os textos que discutem a questão do "cheiro do sexo", ou qualquer outro nome que seja dado. Esse post, na realidade, pouco preza por um rigor científico, mas para partilhar com o mundo que cheiro tem o maior poder, pior que fumaça pra ex-fumante, pior que bacon pra gordinho de regime, pior que cheiro de chuva pra gente nostálgica. Bobo é quem não aproveita.


Boa semana.

;)

Desamélias.