quinta-feira, 28 de julho de 2011

#LingerieDay 2011

Chegou o dia do ano que nós, Desamélias, mais nos divertimos. LingerieDay, o dia que todo mundo, escondidinho ou não, bota a lingerie pro mundo ver. As nossas garotas nunca nos decepcionam e, pelo terceiro ano consecutivo, o twitter virou uma sessão de lingerie da loja de departamento, fazendo a alegria da moçada.
Estamos todas preparadas para a artilharia pesada falando mal do incentivo, mas a gente não tá nem aí, o que faz a gente se divertir sempre é bom, sempre é válido.

Outrora me dediquei com mais ousadia, mas agora, por questões acadêmico-profissionais, vou reter minha sensualidade para uma mera alcinha de sutiã: o importante é participar!






Daí que as donas do blog já estão aqui. E conforme vocês forem mandando a gente vai postando aqui embaixo. Enquanto isso, que lembrar do que rolou no ano passado? Clica AQUI. ;)

E se você tem vergonha e não quer contar que tá se exibindo toda linda nesse blog de desamélias, pode participar escondidinha, manda email pra gente e o sigilo se manterá (desamelias@gmail.com)


HOMENS, VEM GENTE.
O lingerieday não é só feminino, esperamos as fossas ilíacas para a nossa alegria (aliás, uma errata, aquela parte delícia chama fossa ilíaca, o ilíaco é o osso, eu acho. Tô confusa, mas vocês sabem bem de quem eu tô falando).





Começamos com uma moça que quis participar mas daí ela não tinha foto de lingerie, só de biquini. Tá sexy? Então pode. A intenção é deixar tudo mais gostoso. Deu certo, né? Ah, ela quer ficar em segredo. Pedindo assim, com esse decote, claro que a gente respeita.


a @selenefitness81 já esteve aqui ano passado e voltou para mostrar que continua uma delícia.



a @parispaula também voltou esse ano, para alegria geral.



a @May__ é nova na brincadeira e começou de leve, fazendo charme.


@nahneleh


@vihfreitas



Escondidinha

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Futebol, Mulher e Rock'n Roll...

...meu deus como isso é bom!" Ai, bons tempos de show de Dr. Sin, quando duas latinhas de cerveja davam pra noite inteira. (fim da reflexão nostálgica)

Investigando meus amigos heteros que não leem muito esse blog, tive uma sugestão de tema feita pelo Orley Colla (não façam bullying com o nome dele, ele é bonito e legal e você vai se arrepender!): o que os homens pensam de mulher que gosta de futebol?

Lancei minha pergunta no face. O resultado me assustou, ninguém disse de cara SIM, OBA, QUE LEGAL!
As opiniões se dividiram em: "se ela gostasse, bom, um assunto em comum, mas não faz muita diferença"; ou, "não, masculiniza a mulher e tira o feminilidade".

Interessante ver como os cuecas pensam, mas eu discordo completamente. Onde trabalho, só tem homem, praticamente, e toda segunda-feira eu pescava nos assuntos, que eram, majoritariamente, os jogos da rodada. Resolvi que iria aprender para me contextualizar  e os meus colegas foram muito gentis em me ajudar a entender. Ok, meus colegas me veem como amiga e não se importam se eu entender de futebol vai me masculinizar, mas eu tô conseguindo interagir e tenho até gosto em ver os resultados da rodada (os jogos ainda não).
                                                  (da seleção russa ninguém reclama, né?)

Ai eu penso na minha mãe: ela sabe tudo de futebol, muito mais que meu pai, adora, torce, vibra, grita, e ela é a mulher mais doce, gentil e feminina que eu conheço. E torce pro corinthians. Claro que existe as truculentas, mas isso existe até se o assunto for a coleção floral da primavera-verão desse ano.

Estendo o assunto: não sou delicada, gente. Nem anatomicamente, nem psicologicamente. Na última festa que eu fui, o moço olhou bem nos meus olhos e disse: "como você é grossa!". Eu sou, gente, fazer o quê?
Eu derrubo tudo, quebro tudo, sento no sofá quase caindo, bato a porta do carro, da geladeira, calço 41 e chuto todo mundo que anda na minha frente. E tenho a voz grossa.  E, agora, """"entendo"""" de futebol. Nunca me achei menos feminina por isso, e o conceito de feminilidade tem sido bastante discutido e me incomoda que só moça de cabelos longos, vestido leve e floral e rosto angelical seja feminina. Não é bem assim.
Eu vou no show do velhas virgens no meio de 50 homens e me sinto tão mulher quanto na manicure, fazendo a unha.

Acho que é uma questão de atitude, não de conhecimento, não de papo.
E porque polêmica pouca é bobagem; tô cansada de mulher querendo parecer mais doce e feminina do que  é para seduzir os rapazes. Visualizem a cena:
tapinha no ombro, dedinho enrolado o cabelo e com a voz fina mais falsa do mundo "seu grosso!"

Não tenho paciência, a não ser que ela seja verdadeiramente assim, com toda espontaneidade do mundo. Ai eu respeito e acho lindo, também.


Aguardo as pedras, as flores e as piadas contra o corinthians.


domingo, 24 de julho de 2011

A chave e a fechadura; a guerra dos sexos.

Queridos,

como é  a minha última semana de férias, a água bateu na bunda e deu aquela vontade louca de fazer tudo que eu tinha me prometido fazer ao longo das férias. Claro, tudo de uma vez. Entre essas inúmeras coisas, começo com a revitalização e atualização desse querido blog.
Pedi sugestões de pauta, muitas interessantes vieram, outras nem tanto, vou tentar abordar os pontos em comum de algumas delas e lançar para discussão. Não tem como mudar tanto o foco, a guerra dos sexos continua.
Sem querer cai no facebook de uma mulher querida  e de muita atitude (Carol Lara), e havia surgido uma discussão sobre o eterno erro masculino que, no ímpeto de se gabar, acabam falando sempre demais, enquanto as mulheres  carregariam o bom senso e a manipulação nas relações interpessoais. Lembrem-se que sou mulher, parcial e que a minha opinião pode ser desprezada se lhes for conveniente, o que eu quero mesmo é a discussão.
Em meio a essa discussão chegamos à metáfora da Chave Mestra: eu lembrei do péssimo filme de terror que mesmo sendo péssimo me enche de medo e fiquei confusa. Com calma e gentileza, a Carol me explicou:
Então, Rosa, essa metáfora que o D. G usou sobre a chave e a fechadura, é uma coisa que eu já vi alguns meninos usarem para falarem algo do tipo: A gente pode chegar numa mulher, mas se a mulher tem essa mesma atitude, ela não vale nada. Não sei se ele usou nesse sentido, mas o sentido que eu conheço tem a ver com isso.

Que velha discussão: mulheres podem ter atitude, mulheres não podem ser fáceis, homens não podem ser lerdos, homens tem que ser incisivos. Será? Não me lembro de ter esperado passivamente para me relacionar com nenhum rapaz. Tá, eu sempre preferi os tímidos, mas se eu fosse me importar com a ordem regular do chaveco, eu não teria me divertido tanto.



Junto à linda metáfora da chave e fechadura, toco de leve um outro assunto trazido para o baile da guerra dos sexos, com uma visão oposta: gradativamente, as mulheres se sentem mais libertas, social e sexualmente e com isso jogam com os homens que ficam perdidos, ora com a faceta querocasareter8filhos, ora com a deusaavassaladoradosexo que não se importa com os sentimentos de ninguém.

Duas realidades opostas, duas posições para as mulheres.

E porque eu vi o Miss Brasil ontem e não resisti: mulheres sem conteúdo e bonitas ainda são requisitadas, quistas e pouco julgadas. Justo. Homens bonitos e sem conteúdo têm a mesma procura?



Vou contar um causo, não importa se é real ou não. É o esteriótipo de muitas conhecidas:

Mulheres bonitas, finas, elegantes, inteligentes, descoladas, bem resolvidas conhecem caras legais, inteligentes, descolados, cults. Mulheres bonitas, finas, inteligentes, descoladas bem resolvidas preferem se divertir com caras burros, mal vestidos, que não curtem Almodóvar, não sabem quem é Monet e tem "urticária de museu", mas que tem o ilíaco bem marcadinho (Carol desamélia, é esse o nome daquela parte deliciosa da barriga tanquinho dos caras), as costas imensas e aquela tremenda disposição. Depois, se ele virasse pizza ligth de escarola seria legal, mas mesmo assim elas preferem esses caras.

Muito descolada a pessoa que pensa assim. Eu acho digno e justo. Mas vejamos o outro lado.

O cara inteligente, descolado, bem vestido, gostoso e hetero prefere sair com a platinada, cabelo liso, silicone  e malhosó5vezesporsemana, com a legging, a bota de salto plataforma e o minivest de oncinha. Nós, nerds, elegantes e nem tão gostosas achamos um absurdo, ela ri de qualquer coisa, não entende piadas sarcásticas, não sabe nada de política, muito menos em que continente fica o Egito  (e usa bota de salto plataforma). Por que ele a prefere? Pelo mesmo motivo que muitas optam pelo ilíaco do que pelo encéfalo.


É errado? Não. É injusto? Não. É triste? Não. É assim.

Eu revi meus conceitos. Depois de 22 anos de pura arrogância intelectual, resolvi que quero malhar e ficar magra e bonita. Não abandonei meus livros, nem meus filmes, nem minha dissertação de mestrado. Mas eu também não acho que só de inteligência vive o homem, porque o tesão acadêmico pode ser freado por questões físicas. Inteligência é afrodisíaco? Pra mim, é. Mas é só mais um complemento, junto com o bom humor, o companheirismo, a flexibilidade e a simpatia. (e o ilíaco)

O que é estranho? É que os homens sempre puderam preferir as gostosas e burras, mas agora quando são as mulheres que fazem essa escolha, o assunto pesa e machuca. Os homens sempre puderam fugir de casamento como a Amy do rehab, mas quando é a mulher que de jeito nenhum quer casar, pega muito mal.



Mudança de realidade incomoda, eu sei. Mas é assim que é. Se o homem pode ser chave mestra e abrir qualquer porta, mulheres não são meras fechaduras esperando pela gentileza do cara. 

Desculpa, mas nós somos pés de cabras, muito resistentes, prontas para arrombar qualquer portão.

sábado, 23 de julho de 2011

Tira a regata, bota a camisa social, moreno, você é tão sensual.

Homens, mulheres (em sua maioria massacrante, isto é, as de bom gosto) não gostam de regatas!


Antes que você, homem que exibe suas axilas para todos os cantos do mundo ache que eu tenho preconceito com esse esporte maravilhoso que deixa os homens bastante musculosos, sinto dizer, é dessa regata que eu tô falando:


Não faça isso com você, não faça isso com nós. Se você for magro, vai ficar feio. Se você for gordo, vai ficar feio. Mas, olha, se você for forte: vai ficar feio. 
Porque regata, simplesmente, não cai bem.


Gostamos dos seus braços fortes (umas mais, outras menos), gostamos do seu peito trabalhado (ou não), mas se você fizer questão absoluta de exibi-los, faça-o efetivamente: TIRE A CAMISA.
A regata, minha gente, é um meio termo intolerável.
Eu se tivesse um estabelecimento comercial, permitiria homens sem camisa,  mas nem sob tortura de regata. Ela tampa sua barriga, divide o seu ombro e evidencia, quase como um pisca-pisca neon, os pelos da axila. E eu me pergunto: por quê?


Ai vem você, moreno maroto, dizer que é confortável. Calcinhas beges de tecido de meia também são, e nem por isso eu incentivo que alguém use. E VEJA, ELAS AINDA FICAM ESCONDIDAS!

Respeitem o nosso tesão: ninguém é obrigado a ver sua axila. Façam a sua parte, e o mundo será mais gentil com você. Não use regata na academia, não use de pijama, não use no cotidiano. Não use, absolutamente.

Eu pensei em abrir uma exceção quando vi isso:


Mas ai eu vi isso:
E a minha tese se corroborou.

Despeço-me aqui, com um apelo final: tira a regata e bota a camisa social :) (os jeans transformar-se-ão bem mais fácil em fio dental, prometo!)

domingo, 3 de julho de 2011

olha pra mim




Das tantas vontades e taras sexuais, tenho certeza que o exibicionismo e o voyeurismo são as mais comuns. Todo mundo quer ver o que o outro faz entre quatro paredes. Porque é excitante, porque nos faz sentir mais normais, porque nos dá novas idéias, porque inspira.

E alguns - aqui não arrisco dizer o porquê - querem também ser vistos.

Ocorreram-me nessa vida duas chances de passar por experiência em que eu poderia ver e ser vista – ou quase isso. Não necessariamente enquanto fazia sexo, embora eu pudesse fazer, caso quisesse. A chance de ser vista sempre existe, mas falo aqui de situações propositais.

Na primeira vez, perdi o foco e não me dei conta de toda a situação. Foquei em mim e em quem estava comigo e preferimos sair de cena.

Na segunda vez misturamos propositalmente inocência e curiosidade e demos um jeito de não saber o que nos esperava, já tendo certeza de como aquilo poderia terminar.

Eu estava em uma dessas casas noturnas que têm dark room, aquele lugar escuro onde as pessoas entram e deixam o pudor do lado de fora. E como eu tinha uma boa companhia, e umas duas doses de vodka, achei que poderia ser bom. Ele aceitou a proposta.

O dark room em questão tem forma de labirinto. Há várias salas onde é possível conseguir uma certa privacidade, limitada pelas portas sem tranca e pelos buracos na parede.

A idéia inicial era ficar em um cantinho, nós dois. E assim foi até que, enquanto uma das mãos dele estava na minha nuca e a outra na minha cintura, havia uma terceira mão na minha coxa. E uma mão que não era minha na cintura dele.

O primeiro reflexo foi desviar de tudo. Só o primeiro. Depois, o que acontecia entre nós dois ficou tão interessante que as coisas externas - as mãos, os olhares - viraram apenas um detalhe divertido. E quem quisesse ver, que visse. E quem quisesse tocar, que tocasse. Era como se, estando naquele jogo, fosse falta de respeito privar terceiros e quartos de uma coisa tão boa.

O jogo parou antes do fim. As luzes se acenderam e nós rimos.

E eu descobri que estou mais para exibicionista do que para voyeur. Gosto de ser vista, ainda que seja no escuro, ainda que eu não veja o rosto de quem me observa.